quarta-feira, 28 de novembro de 2012

OLHOS BRILHANTES




Certo dia desses, olhando nos meus olhos, uma amiga falou:
hei..., você está com os olhos brilhando como se algo muito
especial tivesse ocorrido em sua vida!
Pois é, foi na música que encontrei o toque de carinho, foi  através
das canções e das suaves interpretações que resultou esse
brilho nos meus olhos.
Foi relembrando as músicas do passado e comemorando o presente
que meus olhos brilharam novamente.
O brilho dos meus olhos tem uma motivação, é o apreço à vida
ao entusiasmo que volta,  é ter Deus dentro de mim.
Dizem , que os olhos são a janela da alma, assim quero crer que voltei a ter
vontade de tudo, com amor e dedicação.
Às vezes coisas acontecem em nossa vida , abraços apertados
sonhos e novos objetivos.
Como todo ser humano, vivo a vida com incertezas, mas de uns tempos para cá
cheguei a conclusão que necessito viver a vida intensamente!
Agora filosofando, talvez o brilho dos meus olhos tenha a ver com as pessoas
que hoje tenho o privilégio de conviver mesmo que de forma virtual!
Desta maneira, e através da poesia,  posso exprimir aquilo que estou sentindo:

Era uma tarde linda e calma
como outras que esperei
repousava suave minha alma
e com vossa presença despertei.
Momentos no entanto não se esquece
horas passadas com felicidade
para poder curtir a eternidade.
Para fixar o brilho dos olhos sonhei
que recebia abraços  e despertei.

Não digam nada
Pois nada é tanto
E em cada canto
Encontrarei encanto
Sem muito espaço
Só mais abraços
Que me desperte
Do meu cansaço.

Hamilcar  Marques - Texto escrito em  28/11/2011, editado em 27/11/2012.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

MEU CAMINHAR - UM ENSAIO POÉTICO


Manhã de caminhar
sozinho pela rua.
Pés cansados de andar.

Caminho com passos curtos
curtos, porém seguros!
Ao longe só vejo vultos.

Manhã de caminhar
Pela relva, sem  destino.
Meus pés pisando no ar.

Vejo árvores, vejo  plantas.
Não reparo, mas são  tantas
folhas  unas formam mantas.

Manhã de caminhar
O vento é companhia!
Um chuvisco em sintonia.

Ando e olho para o chão
Nem vejo o caramanchão.
Rosas  em profusão.

Manhã de caminhar
Pensando nos problemas
sem nunca desdenhar.

Olho para o céu,  nuvens
brancas,  nimbos, apressadas.
Empurradas sem origens.

Manhã de caminhar
Começa chuva miúda.
Já era de imaginar.

Sinto o corpo molhar
A roupa quase encharcada.
Trovões repicam no ar.

Manhã de caminhar
Passos  largos sem parar
A chuva é de assustar.

Tenho receio no andar.
É de desanimar
Relâmpagos sem par

Manhã de caminhar
Estou chegando agora
Nada a comentar.

Passou a chuva graúda
Minha roupa, úmida
Minha emoção, miúda.

Manhã de caminhar, enfim cheguei no meu destino, familiar!

HAMILCAR MARQUES – 19/11/2012






segunda-feira, 12 de novembro de 2012

VEJO ASSIM O MUNDO.



Dois lados opostos, um singular o outro plural.
Um é o que deixamos no passado, onde semeamos para colher.
O outro que vai à frente, desconhecido, onde crescemos tirando as pedras do caminho, e construindo com elas.
Singular é o que vivemos e conhecemos lá atrás. O outro que não sabemos, aceitamos com receio.
Nascemos no singular com valores e dificuldades aceitando as frustrações que o mundo traz, mas caminhando.
No plural enfrentamos as lutas desiguais, mas se batalhamos, nosso dever é cultivar a semente para tudo produzir de bom.
No singular aprendemos as lições da vida, uma vez que não tínhamos a face que temos hoje, nem os olhos, tampouco as mãos e os lábios ressequidos, pois esse foi o espelho que nós vimos e então, descobrimos o quanto mudamos.
No plural morremos sempre um dia, na certeza de termos tido forças para atingir nossos objetivos primordiais.

HAMILCAR MARQUES – 12/11/2012.



domingo, 11 de novembro de 2012

NOSSO TRANSPORTE COLETIVO - UMA CRÔNICA PARA REFLEXÃO!

Hoje é dia de ir ao dentista com o meu carro. Que problema!

Já havia um bom tempo que não me deslocava até o bairro de Higienópolis.
Parece mentira, mas o trânsito anda caótico em todos os sentidos. São Paulo só é transitável hoje em dia, nos feriados prolongados ou nos finais de semana, caso contrário, haja paciência para enfrentar esse trânsito infernal. Mas, se formos ao âmago da questão, chegaremos à conclusão que esse trânsito é fruto de três problemas básicos que vem ocorrendo no Brasil, em grandes metrópoles como São Paulo.
O primeiro é a falta de estrutura de nosso transporte coletivo urbano, a péssima conservação dos ônibus de algumas companhias que operam na grande São Paulo.
No passado, já fiz uso durante muitos anos do transporte coletivo e nessa época, por volta dos anos 60, esse sistema era bastante razoável.
Hoje em dia, os ônibus urbanos mais se parecem com latas de sardinha. É um total desrespeito ao público pagante, que além de viajar horas em pé, carecem de qualquer conforto. Os veículos são mal ventilados, as pessoas sofrem excesso de calor e total falta de segurança. Quanto as mulheres, sofrem todos os tipos de abusos em nosso transporte coletivo, seja nos ônibus, ou até mesmo nos trens de subúrbio. No tocante às mulheres grávidas nem se fala! A falta de respeito é total. Ninguém se digna a oferecer seus lugares para sentar e para justificar esse lamentável fato os marmanjos fingem dormir.
Algumas pessoas dizem que os velhos apreciam se vangloriar do passado! No entanto, às vezes, temos saudade desse passado nos transportes urbanos.
Naquela época, havia respeito para com os deficientes, idosos e mulheres grávidas aonde quer que fossemos! Bastava um idoso subir num ônibus para que, de pronto, as pessoas gentilmente oferecessem seus lugares.
Hoje o transporte coletivo é uma selva, além de caro é inadequado, veículos sujos, com mau cheiro.  Os motoristas e cobradores mal preparados, não recebem treinamento adequado quanto a educação e cidadania.
Assim, o segundo  problema, consequência do mal funcionamento do transporte coletivo, é o volume de carros particulares nas ruas e avenidas de São Paulo.
As pessoas que tem carro não o deixam na garagem de casa para usar o transporte público. Esse é  ineficiente e ninguém quer se  sujeitar a viajar espremidas dentro de um
veículo horas a fio. O Metrô seria para São Paulo, o meio de transporte mais eficaz, rápido e econômico como havia sido idealizado. Infelizmente não funciona tão bem como poderia ser! Foi o saudoso Prefeito Faria Lima que teve a ideia de implantar o Metrô na cidade de São Paulo, lá pelos idos de 1966. Assim, depois de marchas e contra marchas, estudos e mais estudos, concorrências diversas, foi criado um consórcio que deu início às obras em 1968.  Os demais prefeitos que o sucederam foram levando a obra do Metrô adiante, alguns de forma mais lenta , outros de forma mais dinâmica.
Mas a cidade como era esperada, cresceu. Expandiu-se o comércio e a população que era de aproximadamente 11.300.000 habitantes em 1968, hoje remonta a cifra de mais de 20 milhões de habitantes. Muitas linhas do Metrô foram criadas para atender a população sofrida desta grande cidade. No entanto, hoje já temos problemas com esse meio de transporte também.
Vagões lotados, pessoas de pé, fazendo inúmeras baldeações para chegarem aos seus destinos, atrasos nos horários das composições. Esse transporte,  hoje não é barato!
Como foi planejado na época por Faria Lima, o Metrô teria tudo para ser o meio de transporte do futuro, com alta capacidade de massa, rápido, seguro, melhorando altamente a qualidade de vida da população desta grande metrópole, reduzindo o tempo de locomoção e certamente tiraria das ruas um grande número de carros particulares, desafogando o trânsito caótico. Infelizmente não é isso que vem ocorrendo, se nos basearmos nas notícias recebidas todos os dias  através da mídia  impressa e falada sobre os problemas que se avolumam no Metrô paulista.
Voltando agora ao que eu dizia no início desta crônica, toda vez que vou ao dentista, perco em média duas longas horas no trânsito usando condução própria. No meu caso, fica mais fácil e tolerável a demora, uma vez que sendo aposentado não dependo de horário. Entretanto, para as pessoas que dependem de horário o problema se torna insustentável. Mas, sem querer ser negativista, o trânsito em São Paulo deverá se tornar caótico, nos próximos dois anos.
Esse é, portanto o problema que não só São Paulo enfrentará num futuro próximo, mas todo o Brasil, o excesso de carros particulares nas ruas, atravancando o trânsito e causando congestionamentos.
Isso porque, todos os dias as montadoras de veículos despejam no mercado milhares de veículos novos, financiados até em 60 prestações, sem entrada, sem mais nada, e ainda pagam o IPVA do comprador. Com essas promoções, e ainda, o incentivo do governo com a redução do IPI, grande parte da nossa classe média se lança nessa aventura, primeiro pela oportunidade de ter um carro novo ,e segundo com a ilusão de que chegará mais rapidamente ao seu destino, sem depender do transporte coletivo. As campanhas para deixar o carro em casa, sempre foram um engodo! Assim, vemos mais carros nas ruas, somados aos ônibus, motos, vans, bicicletas, carretas e até caminhões.
E quem sofre com tudo isso é o povo estressado, sem paciência.
E agora, o governo acaba de oferecer incentivo às montadoras estrangeiras que desejarem instalar suas fábricas no Brasil utilizando mão de obra e matéria prima nacional.  Acharia essa iniciativa louvável, se os governantes estivessem procurando resolver os problemas do povo. Entretanto, nada vemos em termos de restruturação dos transportes de massa a não ser promessas jamais cumpridas. E o trânsito cada vez mais estressante, sempre congestionado, cansativo, violento  e sem solução.
Desta forma como está, o transporte e os congestionamentos causam danos à saúde pela rotina das grandes cidades como São Paulo, pioram a qualidade de vida e do ar e diminuem a sensação de bem estar dos cidadãos diariamente. AONDE IREMOS PARAR com tudo isso? Certamente pararemos sim nos congestionamentos, sujeitos inclusive a assaltos e um dia estaremos enfrentando  UM DIA DE FÚRIA, como ocorreu no filme protagonizado por Michel Douglas a alguns anos atrás!

CRÔNICA ESCRITA POR HAMILCAR MARQUES EM  02/03/2012 E EDITADA EM 11/11/2012.


sexta-feira, 2 de novembro de 2012

DE QUEM SERÁ A CULPA?



Nunca entendi porque nós somos assim. Nunca entendi porque você foi assim. Nós não eramos perfeitos, não éramos almas gêmeas e nem como os casais dos livros. Nós éramos... Bem, nós. Do nosso jeito meio estranho, meio afastado, com medo de sentir, com medo de ir em frente.
Todas pessoas que passam por nossas vidas deixam sua marca. E você deixou. Uma cicatriz. Profunda. E sabe qual o problema? Ela não se fecha. Você se foi e eu ainda penso em como teria sido. Você se foi e eu ainda sinto o seu perfume no meu travesseiro. Não é fácil esquecer o primeiro amor. A pior parte é que não posso culpar o destino ou a distância. Você foi e é o único culpado. Com a sua mania de complicar tudo. Colocar porque em tudo. Acredita que ainda guardo uma foto nossa na minha gaveta do criado? Olhar nossos sorrisos me lembra do quanto você me fazia bem. Não te quero de volta, acredite. O passado não tem lugar no meu presente. Eu to mudada, sabe? E eu não gosto do que você se tornou. É uma pena que as pessoas mudem tanto. Talvez você tenha se arrependido. Talvez tenha achado o amor da sua vida. Talvez nem lembre de mim com tanto carinho. Ou talvez um dia admita que não havia necessidade de se complicar o que era pra ser simples, puro.. No fim, somos só mais um amor que se perdeu. Que foi levado. Que nos foi tirado. Somos um amor que não foi forte o bastante. Que não suportou o peso de ser um. Quis voltar a ser dois. Mas não deixou de ser amor.

Texto escrito e editado por minha neta LUÍZA MARQUES. - 02/11/2012.