quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

OS PERIQUITOS DE MANAUS(Uma crônica).




Que coisa brutal ocorreu com os pobres periquitos de Manaus no longínquo Amazonas. Dessa vez a irresponsabilidade foi  longe demais!  Os pobres pássaros não tiveram a chance de escolha.
Num condomínio de luxo, certas pessoas, com o objetivo de preservar as palmeiras, plantas ornamentais, cometeram uma barbárie!
Gente ruim essa que trocou a preservação dessas árvores que servem apenas
de enfeite para um condomínio de luxo, pela vida desses pobres animaizinhos indefesos. Foi um plano diabólico cobrir as palmeiras com redes para inibir o voo , a liberdade e a alimentação desses pássaros que alegres voavam entre elas livremente! Foi um choque para o povo manauara ver os periquitos mortos no asfalto.
Algumas pessoas da região falam em envenenamento das aves, mas nada ficou comprovado por enquanto!  
Por outro lado dizem alguns ambientalistas  consultados, que a morte de uma só vez de aproximadamente 200 pássaros teria sido, na realidade, um suicídio coletivo das aves pela falta de liberdade e alimentação!
Para quem viveu a cena, só restou o pranto e muita pena!
O que esperamos é que as autoridades locais tomem providências urgentes
para que a justiça seja feita e ainda, para que o nome dessa capital do Amazonas não fique manchada para sempre, face a esse infeliz acontecimento.
Hamilcar Marques – 08/12/2014.

domingo, 7 de dezembro de 2014

UMA PAQUERA INOCENTE.


Linda vida de sabores
Vida serena de amores
Vivo porque adoro a vida
Sou um aprendiz de viver
Mas não morreria de amores!
Possuo imperfeições e temores
Mas o que me abala e não cala
É viver procurando outra dor,
conhecendo como conheço o amor!
Mas eis que sinto o perfume da flor
é uma garota que passa, causando rumor!
Roda a saia com molejo
Olha pra mim nem percebo
Mas um amigo me avisa
Essa garota é perfeita, olha o gingado!
ela está paquerando seu jeito!
Com um requebrado maneiro
E no cabelo, um laço de fita.
Eu que não morro de amores
Resolvi testar minha sina
Fui conversar com a garota bonita,
eu que nem conhecia a bendita!
Ela perguntou o que eu queria
E eu sem pensar duas vezes, arrisquei a gracinha...
-penso que já lhe conheço morena bonita!
Ela encarou o gracejo e com olhar de poesia
falou-me baixinho: -me conhece sim, da sacristia!
Eu fiquei embasbacado sem nada pra responder
da sacristia pensei eu, dúvida atroz !!!
Que resposta vou arrumar pra não me comprometer!
Dai numa rápida investida falei com a doçura de um poeta
Sim morena, foi da sacristia da Igreja no entardecer lembra?
Dai ela virou pra mim e num tom de sarcasmo falou
Mentira moço, eu o conheci foi da mercearia
o sr. não entendeu essa minha estrepolia?
mas no entanto, gostei da galanteria!
E vou lhe contar a verdade: foi mesmo da mercearia!
Meu pai é o padeiro, homem forte, já pagou pena, é uma fera!
Vai gostar de saber que sua filhinha está na paquera
com homem de meia idade, de boa categoria, que gostaria
de pedir a donzela em casamento no final da Primavera,
pra que nada aconteça a ele, na melhor atmosfera!
Eu então muito assustado, sai numa correria danada
Quando fiquei sabendo que toda essa mentira safada
Foi por meu amigo arranjada.
Uffffffffffffffffa que susto! Amigo hem, só se for da onça!
Hamilcar Marques – 08/12/2014.




quarta-feira, 20 de agosto de 2014

O ALPINISTA EM CORPO E ALMA(Um pequeno conto, um poema místico)




Hoje conto um conto, quase um sonho, sem aumentar nenhum ponto!
Era uma vez um alpinista, ousado  e idealista
Escalava um enorme penhasco esse  é o  conto
Do seu lado direito um parceiro otimista
Uma brisa forte batia nos rostos gelados e pássaros voavam em torno, com liberdade e gosto
Levitavam no ar sem qualquer  esforço, não  haviam cordas pra proteger, que sufoco...                       
Olhavam o horizonte sem fim, de um amarelo fosco e carmim .
Estavam  flutuando e não tinham receio do despenhadeiro sem fim           
Surgiu uma névoa, uma neblina, cobria toda a montanha 
Continuaram a subida a observar, surgiram nuvens espessas abaixo dos pés a passar.
A friagem os envolvia sem cessar no corpo e no ar, mas o final da escalada estava próxima de chegar.
Seus pés e mãos quase dormentes, e um grande tremor  invadia os seres enregelados.
Por fim chegam ao topo, quase  congelados, onde  avistam um platô imenso. Caíram  prostrados!
Amanheceu o dia, uma escalada de  ousadia! Fizeram o reconhecimento do lugar
Pássaros cantando nos arbustos e uma ventania sussurra sons em harmonia.
Prestando atenção ao companheiro, ele o reconhecia de algum lugar muito familiar
Talvez  fosse magia ou coisas da parapsicologia! Ao longe uma rampa para o precipício.
Haviam informações que naquela altitude, pouco  sofreriam pela ação da gravidade!
Novamente  levitando , agora entre os arbustos e arvoredos do platô.
O parceiro corre para a rampa e se lança no desconhecido sem temor voando e flutuando
no espaço como se tivesse asas, de braços abertos,  encantado.
Faz inúmeras evoluções no ar e  se precipita  em  direção ao terreno sem cessar.
Chegando bem  próximo ao solo , sugere que ambos se lançassem ao espaço
O primeiro alpinista está receoso,  foi chegando próximo a rampa...
Sentia  também uma vontade imensa de voar e flutuar no espaço.
Lançou-se no desconhecido e passou a vagar entre nuvens gigantescas sem dificuldade pois
seu corpo flutuava leve e sem qualquer esforço no ar.
Sentiam-se maravilhados  com aquela inacreditável e inusitada situação, sem  par.
Estariam eles em outra dimensão?  Só pode ser essa a explicação!
Não conseguiam tocar um no outro, nem conversar
Que situação!!!  Estavam sem ação. Seria tudo uma ilusão? Ou talvez uma alucinação???
O primeiro chega próximo do parceiro e algumas palavras são ouvidas nitidamente: -
- Sou sua alma e você meu corpo! Sou o que sou por ter a sua presença em mim. Sou visível pra  você  mas você não reconhece o conteúdo do meu ser, sou apenas um vulto. Eu o vejo como corpo que é!  Você me vê como espectro que sou de você. Você me procura no espelho e não me vê. Eu o vejo sempre como um  nítido viajante. Na realidade  somos um só!  Você matéria, eu etéreo.Precisamos voar, flutuar por esse espaço e apreciar todas as coisas belas deste mundo sem igual.
Coisas que jamais poderíamos pensar ou imaginar. Somos alados e estamos atados!
Vamos voar para receber a luz, para sentir a natureza e a beleza  do lugar.
Flutuar e voar, levitar até  sentirmos o que somos na verdade. Eu, espírito feliz neste lugar, você matéria,para aproveitarmos este momento, porque quando descermos a montanha vamos nos separar novamente! Você volta a ser, um ser vivente  e eu, sua alma transparente”!

Assim termina o conto , meio místico, meio aéreo, um verdadeiro refrigério!
HAMILCAR MARQUES = 10/08/2014.


segunda-feira, 4 de agosto de 2014

VELHA JAQUEIRA.












                                        

Hoje
 lembrei-me
da velha jaqueira no
 quintal do meu avô! Ela era
 Uma árvore centenária, muito velha
 e ele a chamava de Isabela. Imensa repleta
de galhos fortes abrigava ninhos de pássaros. Pássaros lindos
  coloridos, grandes e pequenos pousavam nela. Ela era de porte gigantesco
a Isabela media dez metros de altura sem balela.
Meu avô criava canários e construiu um grande viveiro dentro dela. Onde armava os
 Alçapões  para pegar outros pássaros sem tutela. Todos passarinhos cantavam pousados
nos galhos da jaqueira Isabela.
E meu avô apreciava essas aves tagarelas maravilhado,  da sua  janela.
Lembrando desse tempo, recordo minha infância quando na casa do meu avô eu brincava,
Correndo  pela escadaria do quintal sem cautela e me escondia atrás do tronco da jaqueira
Isabela brincando com meus primos e amigos , garotada levada da breca.
Agora já velho, na melhor idade, relembro sorrindo desses fatos. Foi assim que
Aprendi muitas lições com meu avô, que pegava os pássaros
e os cuidava, principalmente
 àqueles fatigados e sem abrigo.
Dava-lhes alimentação sadia
  e depois  sem contratempos 
quando estavam
 acostumados  no viveiro,
 os soltava
na jaqueira onde viviam
 regalados envoltos em cuidados
 todo o tempo e voltavam para o viveiro
 sempre, acostumados, bem tratados 
para dormir sossegados.
Que saudade do meu avô
 e da jaqueira Isabela.

Hamilcar Marques – 04/08/2014

terça-feira, 27 de maio de 2014

COISAS INEXPLICÁVEIS.




Coisas assim são vazias do saber
Inexplicáveis o são por não terem versão
São como são e pronto, sem conexão.
Coisas assim não deviam merecer a atenção
Pois são o que são meras coisas sem  reação.
Milagres por exemplo, acontecem por uma razão
Eles não acontecem por acaso, tem que ser!
Encontros inesperados também  tem a haver.
São coisas inexplicáveis porque não!
A morte, quer coisa mais inexplicável que a morte
Às vezes sem sentido, difícil de entender e de compreender.
As galáxias no seu esplendor se formam pela explosão
Dos sedimentos de rochas  formando bilhões de estrelas a brilhar
No infinito de beleza sem par.
O vento, a brisa, são coisas que acontecem sem prever
Sabemos  que existem mas não os vemos nascer.
Quando o vento passa sabemos,  sentimos que passa
Pois as folhas caem das árvores no passar dos ventos
E vemos a velocidade das hélices nos cata-ventos!
Os sonhos acontecem no sono como um evento
E somos convidados a participar desse intento
Às vezes até,  meio acordados, sonolentos.
E a vida passa, o tempo passa e o relógio do tempo
sai do nosso controle todo momento, como o vento!
Coisas sem explicação, numa ebulição sem fim
Como nos encontros que temos sem marcar
Sem  saber, tantos acontecem  assim enfim
Inexplicáveis, absurdos, sem razão.
Quando sentimos criamos algo na nossa mente
Ideias surgem e por isso, dizem que somos independentes.
Pois sentir é entender, mas sentir  e sofrer é da gente
Sentir e sofrer fisicamente,  não é coerente
Pois ficamos padecendo dessa dor permanentemente.
Hamilcar Marques - 27/05/2014.


quinta-feira, 8 de maio de 2014

MEU POEMA DE FELICIDADE


Este é o meu poema de felicidade.
Mostrando o que represento em toda vida
Pois sou produto da minha sinceridade
Somado aquilo que almejo em minha lida.

O poema foi elaborado com lisura
Amor, ternura e muita  calma
Sem  lágrimas derramadas de amargura
Com todo capricho e compostura.

Sempre vendo meu nome marcado e enlevado
Na suavidade desses momentos de ventura
Sentindo a pureza do brilhante lapidado
Vejo-me indiferente às coisas sem cultura.

E esse é meu momento feliz com  alento renovado
Desprezo os valores materiais, com jogo de cintura
Aprecio meus amigos, meus livros, minha  música, motivado
Por minhas pinturas, meu lazer, minha família, minha loucura .

Pois  amizade é isso, somar alegrias e dividir dissabores
É guardar segredo como os trovadores
Sou músico, escritor de modestos textos e poemas  sonhadores
Artesão apaixonado que não tem inquietações interiores.

Adoro ter amigos que me tratem sem problemas
Que me enviem mensagens de todo formato
Poesias ou textos de Cassiano a Lobato
Pois sentir-me perto de todos é mesmo um fato.

Mas, na realidade, a razão de tudo isso é para contar então
que minha passagem nesta  vida, um dia, não será em vão
Pois tenho amigos que certamente me reconhecerão
E assim, darão a mim o valor de um poeta cidadão.
HAMILCAR MARQUES - 28/04/2014

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

MINHA FILOSOFIA DE VIDA!











Hoje vivo meu destino, minha religião, meus jeitos, meus prazeres, minhas vontades, manias e meus hobbies. Eu mesmo decido sobre tudo o que ocorre na minha caminhada e não obedeço a regras certinhas, apenas planejadas, sou o que sou e tenho razões para assim agir.
Continuo estudando musica, faço artesanato e tenho certo dom para pintura, pois já andei borrando algumas telas. Escrevo o que penso e gosto de escrever. Leio os livros que me atraem,  principalmente aqueles que me fazem sonhar e viajar nos sonhos.
Vivo pelo prazer de viver! Não me sinto melhor do que ninguém e todos os dias aprendo coisas novas para o meu deleite!
Sou um viajante do tempo, passageiro do trem da vida. A cada estação que paro viro a página da minha existência. Procuro espalhar as melhores vibrações por onde passo e acredito na Lei do Retorno, por isso mesmo pratico o bem para evitar as surpresas do destino.
Sinto pelos amigos que ainda não tem uma filosofia de vida e vivem influenciados pelos outros, pensando em doenças, se lamuriando pelos cantos, escravos de suas próprias ilusões e crenças.
Não discuto política e respeito o ponto de vista de cada um, mas não censuro quem os faz porque na realidade, cada um tem o seu livre arbítrio.
Penso que a coisa mais difícil e obscura que enfrentarei um dia será a morte!
Mas enquanto eu estiver aqui procurarei viver cada segundo dos meus dias, sorvendo tudo de bom, chorando, sorrindo, vibrando, amando, afastando a tristeza e a monotonia.
Gosto de pensar no passado, quando esse passado me traz boas recordações!
Redijo cada palavra do diário de minha vida com muito amor, com autenticidade em cada ponto, em cada vírgula, em todo texto enfim!
Hoje vivo ao meu modo e tenho convicção de que é preciso saber viver!
Viver consciente das limitações do corpo e da mente, e saber cultivar as coisas boas que ocorrem, mesmo que sejam pequenos gestos de carinho. Por exemplo, os beijos no rosto que às vezes recebemos dos netos. Uma palavra de conforto num momento de tristeza! Um elogio por algo que fizemos. Um agradecimento! Um comentário sobre um texto que escrevemos,  uma simples cutucada!  Tudo isso é muito gratificante! Eleva o nosso Ego e nos traz um grande prazer!
Hoje eu vivo assim e sou feliz!
HAMILCAR MARQUES – 05/02/2014.