domingo, 4 de agosto de 2013

O PRAZER E A FRUSTRAÇÃO.




São palavras antônimas, isto é, uma é o oposto da outra!
Na vida prática e cotidiana, muitas vezes enfrentamos situações que ora nos levam ao prazer e outras vezes a frustração!
Há algum tempo atrás  pintando um quadro, e não sendo um expert nessa arte, fiquei frustrado algumas vezes, pois a princípio não conseguia externar  com exatidão a figura de um copo de cristal onde eu havia colocado água e  um pincel para produzir um efeito! A Frustração ocorreu quando, apesar dos pesares, esse objetivo, não foi alcançado conforme eu desejava!
Não esmoreci com os primeiros fracassos, e de tentativa em tentativa, consegui dar o efeito desejado, naturalmente dentro da minha humilde concepção de um inexperiente na pintura. No entanto, o prazer ocorreu  quando me empenhei nesse objetivo e o alcancei, independentemente dos obstáculos encontrados pela frente!
Parece simples a ocorrência desses fatos, mas na realidade acontecem todos os dias num mundo conturbado como o que vivemos, onde os meios nem sempre justificam os fins.
Prestando atenção às pessoas que nos cercam, acompanhamos esse vai e vem de prazeres e frustrações acontecerem debaixo dos nossos olhos, sem na maioria das vezes termos chance de auxiliar as pessoas relacionadas a esses sentimentos!
Acho sinceramente que poucos fazem as coisas com paixão.  Caso o fizessem, as possibilidades de sucesso seriam maiores. Há sempre um fator psicológico naquilo que abraçamos por fazer e, além disso, há sempre o fator pressa, que como diz o ditado é inimigo da perfeição!  
A hipótese de ficarmos nos protegendo das frustrações, no meu entender  não funciona! Se der errado, paciência, levantamos a cabeça e partimos para o plano “B”! Precisamos ser firmes e constantes, acreditando no sucesso de um empreendimento.
Dizem que aqueles  que aceitam as frustrações e se conformam, são fracos e covardes !Eu, sinceramente, não penso assim!
Às vezes os fracassos acontecem como um sinal para corrigirmos os erros que estamos cometendo. Nesse caso, criar expectativas saudáveis após esses fracassos penso que é uma virtude e não um defeito, pois ajuda na recuperação do ego ferido.
Para ser protagonista do filme da vida é preciso reduzir as preocupações, ter uma boa autoestima e enfrentar as decepções com ideias novas e pensamentos positivos.
Charles Chaplin dizia: “A vida é maravilhosa se não se tem medo dela”. Assim, ser feliz deve ser o nosso lema, muito embora surjam as frustrações!
Nas incansáveis tentativas após as frustrações, ganhamos experiência de ter tentado mais uma vez fazer algo de forma exemplar. Muito importante é tentar, falhar, mas tentar novamente! Isso é melhor  do que se aborrecer e ver a velhice chegar levando o bom da nossa mocidade.
Procurar sempre a perfeição absoluta nos nossos desafios, nem sempre é o melhor remédio,  pois pensando bem a vida é curta, e o tempo passa de forma implacável.
Quem tem tempo precisa aproveitá-lo de forma conveniente e eficaz para ser feliz de maneira realista, sem devaneios. Se não estamos totalmente de acordo com os nossos anseios, mas por experiência da própria vida percebemos que podemos atingir as nossas metas, mãos a obra, esse deve ser o caminho que nos conduzirá ao sucesso sem exigir esforços desumanos e muitas vezes impraticáveis.
HAMILCAR MARQUES – 04/08/2013.



3 comentários:

  1. Bem intrínseco, assim que posso caracterizar seu texto. Aliás, eu não disse ao senhor que esse tema daria uma postagem magnânima? Pois bem, nem todos conseguem essa visão realística da vida e continuam a vivê-la em um conto de fadas sempre cor de rosa e insonsa. É, meu caro amigo, poucos sabem, como nós, fazer a intersecção entre o prazer e a frustração.
    O prazer de realizar algo após ter se frustrado ou a frustração de não conseguir encontrar o prazer nisso.
    O ponto crucial disso tudo é o arriscar-se. O medo de nos arriscarmos é que deixa tão longa a distância entre o prazer e a frustração. E por ai vai.
    Ótimo texto.

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    1. Obrigado amiga, sempre presente nas minhas publicações!

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  2. Lendo seu texto me lembrei do que escutei ontem sobre a meditação: meditar é a arte de estar presente, de andar qdo se está andando, de comer qdo se está comendo; e assim vai. Concluí que viver é meditar, sem estar nos anseios do futuro ou nos fracassos do passado, mas vivo em tempo presente para desempenhar o que se deve, por vontade própria ou não. O que me traz a tona um trecho de uma canção: "disciplina é liberdade". Abraço, Emerson

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