Uma
justa homenagem à cidade onde nasci e me criei.
É tempo
de relembrar as maravilhas que consegui presenciar ao longo desses anos.
Há
sessenta e um anos, eu assistia ao espetáculo do QUARTO CENTENÁRIO desta nobre metrópole,
que tantas alegrias me proporcionou.
Naquela época, São Paulo era uma cidade emergente, lançando os seus
tentáculos em todas as direções procurando alcançar a grandeza dentro de um país
em desenvolvimento crescente. Com certeza absoluta, infelizmente não
participarei do QUINTO CENTENÁRIO desta linda cidade, por razões óbvias.
Hoje
São Paulo é a cidade mais populosa do Brasil, do continente americano e de todo
o hemisfério sul.
Eu vivi
o QUARTO CENTENÁRIO DE SÃO PAULO.
Naquela
época, no ano de 1954, eu era um jovem adolescente de 15 anos e não esqueci até
hoje aquela maravilhosa festa que foi preparada para essa solenidade.
Não era
um dia qualquer, mas um dia de grande festa, pois além do QUARTO CENTENÁRIO
desta cidade, comemorava-se também o aniversário da Revolução
Constitucionalista de 1932. O dia era 09 de julho de 1954 uma data memorável.
Os
carros buzinavam nas ruas incansavelmente, e o povo, na sua maioria a pé,
dirigia-se à Catedral Metropolitana na Praça da Sé, que havia sido construída
para comemorar essa importante data.
Eu
também estive lá, na Missa solene, onde todos os bispos e clérigos de São Paulo
participaram. Os heróis de 1932 também lá estavam.
O clima
era de entusiasmo e otimismo esfuziante!
No
término da missa, houve um desfile de bandas, inclusive com a famosa Banda do
Corpo de Bombeiros do Distrito Federal e da Banda do corpo de Fuzileiros Navais
do Rio de Janeiro.
Os
festejos se prolongaram por três dias, com muita emoção pelas ruas.
Para
encerrar os festejos do QUARTO CENTENÁRIO e abrilhantar o evento com um
espetáculo digno desta cidade, uma indústria de São Paulo em colaboração com a
Prefeitura e a Força Aérea Brasileira, entre sete e oito horas daquela gelada
tarde , apresentaram uma chuva de prata
sobre a cidade, a partir do Vale do Anhangabaú.
A chuva
de prata se constituía de pequenos
triângulos metálicos que foram lançados pelos aviões da FAB, iluminados pelos
fortes holofotes colocados estrategicamente
no topo dos edifícios. O espetáculo era deslumbrante, sem precedentes.
A
partir daquela data, sem dúvida nenhuma, São Paulo projetou-se em todo o mundo,
não era mais somente o São Paulo da garoa, era sim uma cidade que tinha ganhado o status de metrópole, a Capital
econômica do Brasil.
VIVA
SÃO PAULO QUE ME CRIOU, PARABÉNS PELOS
SEUS 461 ANOS DE VIDA!
HAMILCAR
MARQUES – 25/01/2015.
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