quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

QUERO CONTAR COM VOCÊ NA MINHA AGENDA DE 2013 PARA CONSTRUIRMOS UM ANO MELHOR!







"Há homens que perdem a saúde por juntar dinheiro, e rapidamente perdem o dinheiro para recuperar a saúde; pois pensam ansiosamente no futuro, esquecendo o presente, de modo que, acabam por não viver nem o presente nem o futuro, vivem como se nunca fossem morrer e morrem como se nunca tivessem vivido ”
B U D A.

Portanto não leve a vida tão a sério, lembra que somos o que pensamos.

DANCE...
BEIJE...
RELACHE...
DIVIRTA-SE...
E SEJA FELIZ!

Hoje é o dia de reverenciar pessoas como você!

Para mim você é uma pessoa ESPECIAL!

Viva feliz, pensa em cada sessenta segundos que você passa aborrecido, angustiado ou de mal humor,
é um minuto de alegria que não voltará.
Portanto hoje, minha mensagem é:  - Se a vida é curta, rompa as regras, perdoa rapidamente, beije suavemente, abraça muito, ama de verdade, expressa seu amor às pessoas, ria sem controle, e nunca se arrependa de fazer sorrir aqueles que o rodeiam!
HAMILCAR MARQUES - 27/12/2012.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

CHEGOU O NATAL, MAIS UM ANO SE PASSOU! UMA HOMENAGEM.








Caros amigos,

Estamos a poucos dias do Natal, o ano passou correndo à nossa frente e não nos deu tempo, nem de respirar e digerir os acontecimentos de 2012.
Foi-se mais um ano no calendário, um ano a menos na nossa curta existência neste mundo.
Os fatos que passaram, viraram lembranças, umas boas outras más, outras que nem mais recordamos, sem importância.
Agora é momento de orarmos e pedirmos por um novo ano esplendoroso, cheio de glórias, de doces sabores, de sonhos, de realizações. Ano de encararmos a luta cotidiana de frente, pois nele teremos o número 13 que por ser um número misterioso certamente trará sorte para todos nós.
Será que lembraremos tudo o que fizemos e o que deixamos de fazer no ano que se encerra?
Podemos fazer uma retrospectiva rápida, tentando lembrar se deixamos de realizar algo importante por nossa própria culpa?
Ou, se deixamos assuntos inacabados de lado?
Posso adivinhar! Não fizemos na nossa caderneta as anotações conscientes de tudo isso. Confiamos na memória, e agora estamos perdidos no espaço e no tempo!
Mas talvez, nem todos aqui presentes tenham esquecido suas anotações!
Eu, particularmente, lembro-me de algumas coisas que realizei e aprendi neste ano:
Que amar é dar-se por inteiro.
Que sonhar é preciso.
Que conversar com as estrelas é importante, assim como é verdadeiro conversar com as rosas e com os animais.
Que ter amigos é uma dádiva, pois eles habitam parte do nosso coração.
Que sonhar e viajar com os livros, é sentir o infinito em toda a sua imensidão.
Que Deus nada proíbe quando se trata do amor.
Aprendi que se aprende por caminhos tortuosos cheios de obstáculos.
Que se constroem castelos com as pedras do caminho.
Que as doenças chegam de forma irremediável em nossa porta e temos que encará-las de peito aberto, com coragem e vontade para vencê-las.
Que quando achamos que sabemos de tudo nada sabemos.
Que a felicidade não vem em nosso encontro, temos que ir buscá-la, custe o que custar.
Que a balança da justiça está começando a pender para o lado dos justos e oprimidos.
Que a verdade é sempre a melhor alternativa para quem deseja progredir.
Que os animais são mesmo os nossos melhores amigos, leais e desinteressados.
Que aprender a escrever poemas é só uma questão de praticar a rima, no verso e anverso disso tudo.

Desta forma, acredito que assimilei alguma coisa em 2012, e posso dizer agora: - VEM NATAL, VEM ANO NOVO, devagarinho com o Menino Jesus ao som dos sinos e das canções em Rapsódia, homenageando os participantes do Coral da Escola “SOMOS  MÚSICA É ARTE”, as festas natalinas, e a jovem e dedicada Regente Maria Beatriz Fernandes Pakai.
Dizer também VEM ESPERANÇA DE DIAS MELHORES para todos nós AMIGOS VIRTUAIS que tanto esperamos do ano de 2013, que milagres aconteçam no Novo Ano que desabrocha, para que possamos ter menos violência e mais paz em todo mundo.

Pedir a todos que o Natal não seja apenas mais um fato mercantilista, sem nada trazer que uma simples troca de presentes e uma Ceia de Natal vazia de sentimentos.

Desejamos sim, que seja um NATAL de FÉ, ESPERANÇA E CARIDADE!
ENFIM, UM FELIZ NATAL PRA TODOS E UM ANO NOVO REPLETO DE REALIZAÇÕES E HARMONIA.

HAMILCAR MARQUES – 18/12/2012.


quarta-feira, 28 de novembro de 2012

OLHOS BRILHANTES




Certo dia desses, olhando nos meus olhos, uma amiga falou:
hei..., você está com os olhos brilhando como se algo muito
especial tivesse ocorrido em sua vida!
Pois é, foi na música que encontrei o toque de carinho, foi  através
das canções e das suaves interpretações que resultou esse
brilho nos meus olhos.
Foi relembrando as músicas do passado e comemorando o presente
que meus olhos brilharam novamente.
O brilho dos meus olhos tem uma motivação, é o apreço à vida
ao entusiasmo que volta,  é ter Deus dentro de mim.
Dizem , que os olhos são a janela da alma, assim quero crer que voltei a ter
vontade de tudo, com amor e dedicação.
Às vezes coisas acontecem em nossa vida , abraços apertados
sonhos e novos objetivos.
Como todo ser humano, vivo a vida com incertezas, mas de uns tempos para cá
cheguei a conclusão que necessito viver a vida intensamente!
Agora filosofando, talvez o brilho dos meus olhos tenha a ver com as pessoas
que hoje tenho o privilégio de conviver mesmo que de forma virtual!
Desta maneira, e através da poesia,  posso exprimir aquilo que estou sentindo:

Era uma tarde linda e calma
como outras que esperei
repousava suave minha alma
e com vossa presença despertei.
Momentos no entanto não se esquece
horas passadas com felicidade
para poder curtir a eternidade.
Para fixar o brilho dos olhos sonhei
que recebia abraços  e despertei.

Não digam nada
Pois nada é tanto
E em cada canto
Encontrarei encanto
Sem muito espaço
Só mais abraços
Que me desperte
Do meu cansaço.

Hamilcar  Marques - Texto escrito em  28/11/2011, editado em 27/11/2012.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

MEU CAMINHAR - UM ENSAIO POÉTICO


Manhã de caminhar
sozinho pela rua.
Pés cansados de andar.

Caminho com passos curtos
curtos, porém seguros!
Ao longe só vejo vultos.

Manhã de caminhar
Pela relva, sem  destino.
Meus pés pisando no ar.

Vejo árvores, vejo  plantas.
Não reparo, mas são  tantas
folhas  unas formam mantas.

Manhã de caminhar
O vento é companhia!
Um chuvisco em sintonia.

Ando e olho para o chão
Nem vejo o caramanchão.
Rosas  em profusão.

Manhã de caminhar
Pensando nos problemas
sem nunca desdenhar.

Olho para o céu,  nuvens
brancas,  nimbos, apressadas.
Empurradas sem origens.

Manhã de caminhar
Começa chuva miúda.
Já era de imaginar.

Sinto o corpo molhar
A roupa quase encharcada.
Trovões repicam no ar.

Manhã de caminhar
Passos  largos sem parar
A chuva é de assustar.

Tenho receio no andar.
É de desanimar
Relâmpagos sem par

Manhã de caminhar
Estou chegando agora
Nada a comentar.

Passou a chuva graúda
Minha roupa, úmida
Minha emoção, miúda.

Manhã de caminhar, enfim cheguei no meu destino, familiar!

HAMILCAR MARQUES – 19/11/2012






segunda-feira, 12 de novembro de 2012

VEJO ASSIM O MUNDO.



Dois lados opostos, um singular o outro plural.
Um é o que deixamos no passado, onde semeamos para colher.
O outro que vai à frente, desconhecido, onde crescemos tirando as pedras do caminho, e construindo com elas.
Singular é o que vivemos e conhecemos lá atrás. O outro que não sabemos, aceitamos com receio.
Nascemos no singular com valores e dificuldades aceitando as frustrações que o mundo traz, mas caminhando.
No plural enfrentamos as lutas desiguais, mas se batalhamos, nosso dever é cultivar a semente para tudo produzir de bom.
No singular aprendemos as lições da vida, uma vez que não tínhamos a face que temos hoje, nem os olhos, tampouco as mãos e os lábios ressequidos, pois esse foi o espelho que nós vimos e então, descobrimos o quanto mudamos.
No plural morremos sempre um dia, na certeza de termos tido forças para atingir nossos objetivos primordiais.

HAMILCAR MARQUES – 12/11/2012.



domingo, 11 de novembro de 2012

NOSSO TRANSPORTE COLETIVO - UMA CRÔNICA PARA REFLEXÃO!

Hoje é dia de ir ao dentista com o meu carro. Que problema!

Já havia um bom tempo que não me deslocava até o bairro de Higienópolis.
Parece mentira, mas o trânsito anda caótico em todos os sentidos. São Paulo só é transitável hoje em dia, nos feriados prolongados ou nos finais de semana, caso contrário, haja paciência para enfrentar esse trânsito infernal. Mas, se formos ao âmago da questão, chegaremos à conclusão que esse trânsito é fruto de três problemas básicos que vem ocorrendo no Brasil, em grandes metrópoles como São Paulo.
O primeiro é a falta de estrutura de nosso transporte coletivo urbano, a péssima conservação dos ônibus de algumas companhias que operam na grande São Paulo.
No passado, já fiz uso durante muitos anos do transporte coletivo e nessa época, por volta dos anos 60, esse sistema era bastante razoável.
Hoje em dia, os ônibus urbanos mais se parecem com latas de sardinha. É um total desrespeito ao público pagante, que além de viajar horas em pé, carecem de qualquer conforto. Os veículos são mal ventilados, as pessoas sofrem excesso de calor e total falta de segurança. Quanto as mulheres, sofrem todos os tipos de abusos em nosso transporte coletivo, seja nos ônibus, ou até mesmo nos trens de subúrbio. No tocante às mulheres grávidas nem se fala! A falta de respeito é total. Ninguém se digna a oferecer seus lugares para sentar e para justificar esse lamentável fato os marmanjos fingem dormir.
Algumas pessoas dizem que os velhos apreciam se vangloriar do passado! No entanto, às vezes, temos saudade desse passado nos transportes urbanos.
Naquela época, havia respeito para com os deficientes, idosos e mulheres grávidas aonde quer que fossemos! Bastava um idoso subir num ônibus para que, de pronto, as pessoas gentilmente oferecessem seus lugares.
Hoje o transporte coletivo é uma selva, além de caro é inadequado, veículos sujos, com mau cheiro.  Os motoristas e cobradores mal preparados, não recebem treinamento adequado quanto a educação e cidadania.
Assim, o segundo  problema, consequência do mal funcionamento do transporte coletivo, é o volume de carros particulares nas ruas e avenidas de São Paulo.
As pessoas que tem carro não o deixam na garagem de casa para usar o transporte público. Esse é  ineficiente e ninguém quer se  sujeitar a viajar espremidas dentro de um
veículo horas a fio. O Metrô seria para São Paulo, o meio de transporte mais eficaz, rápido e econômico como havia sido idealizado. Infelizmente não funciona tão bem como poderia ser! Foi o saudoso Prefeito Faria Lima que teve a ideia de implantar o Metrô na cidade de São Paulo, lá pelos idos de 1966. Assim, depois de marchas e contra marchas, estudos e mais estudos, concorrências diversas, foi criado um consórcio que deu início às obras em 1968.  Os demais prefeitos que o sucederam foram levando a obra do Metrô adiante, alguns de forma mais lenta , outros de forma mais dinâmica.
Mas a cidade como era esperada, cresceu. Expandiu-se o comércio e a população que era de aproximadamente 11.300.000 habitantes em 1968, hoje remonta a cifra de mais de 20 milhões de habitantes. Muitas linhas do Metrô foram criadas para atender a população sofrida desta grande cidade. No entanto, hoje já temos problemas com esse meio de transporte também.
Vagões lotados, pessoas de pé, fazendo inúmeras baldeações para chegarem aos seus destinos, atrasos nos horários das composições. Esse transporte,  hoje não é barato!
Como foi planejado na época por Faria Lima, o Metrô teria tudo para ser o meio de transporte do futuro, com alta capacidade de massa, rápido, seguro, melhorando altamente a qualidade de vida da população desta grande metrópole, reduzindo o tempo de locomoção e certamente tiraria das ruas um grande número de carros particulares, desafogando o trânsito caótico. Infelizmente não é isso que vem ocorrendo, se nos basearmos nas notícias recebidas todos os dias  através da mídia  impressa e falada sobre os problemas que se avolumam no Metrô paulista.
Voltando agora ao que eu dizia no início desta crônica, toda vez que vou ao dentista, perco em média duas longas horas no trânsito usando condução própria. No meu caso, fica mais fácil e tolerável a demora, uma vez que sendo aposentado não dependo de horário. Entretanto, para as pessoas que dependem de horário o problema se torna insustentável. Mas, sem querer ser negativista, o trânsito em São Paulo deverá se tornar caótico, nos próximos dois anos.
Esse é, portanto o problema que não só São Paulo enfrentará num futuro próximo, mas todo o Brasil, o excesso de carros particulares nas ruas, atravancando o trânsito e causando congestionamentos.
Isso porque, todos os dias as montadoras de veículos despejam no mercado milhares de veículos novos, financiados até em 60 prestações, sem entrada, sem mais nada, e ainda pagam o IPVA do comprador. Com essas promoções, e ainda, o incentivo do governo com a redução do IPI, grande parte da nossa classe média se lança nessa aventura, primeiro pela oportunidade de ter um carro novo ,e segundo com a ilusão de que chegará mais rapidamente ao seu destino, sem depender do transporte coletivo. As campanhas para deixar o carro em casa, sempre foram um engodo! Assim, vemos mais carros nas ruas, somados aos ônibus, motos, vans, bicicletas, carretas e até caminhões.
E quem sofre com tudo isso é o povo estressado, sem paciência.
E agora, o governo acaba de oferecer incentivo às montadoras estrangeiras que desejarem instalar suas fábricas no Brasil utilizando mão de obra e matéria prima nacional.  Acharia essa iniciativa louvável, se os governantes estivessem procurando resolver os problemas do povo. Entretanto, nada vemos em termos de restruturação dos transportes de massa a não ser promessas jamais cumpridas. E o trânsito cada vez mais estressante, sempre congestionado, cansativo, violento  e sem solução.
Desta forma como está, o transporte e os congestionamentos causam danos à saúde pela rotina das grandes cidades como São Paulo, pioram a qualidade de vida e do ar e diminuem a sensação de bem estar dos cidadãos diariamente. AONDE IREMOS PARAR com tudo isso? Certamente pararemos sim nos congestionamentos, sujeitos inclusive a assaltos e um dia estaremos enfrentando  UM DIA DE FÚRIA, como ocorreu no filme protagonizado por Michel Douglas a alguns anos atrás!

CRÔNICA ESCRITA POR HAMILCAR MARQUES EM  02/03/2012 E EDITADA EM 11/11/2012.


sexta-feira, 2 de novembro de 2012

DE QUEM SERÁ A CULPA?



Nunca entendi porque nós somos assim. Nunca entendi porque você foi assim. Nós não eramos perfeitos, não éramos almas gêmeas e nem como os casais dos livros. Nós éramos... Bem, nós. Do nosso jeito meio estranho, meio afastado, com medo de sentir, com medo de ir em frente.
Todas pessoas que passam por nossas vidas deixam sua marca. E você deixou. Uma cicatriz. Profunda. E sabe qual o problema? Ela não se fecha. Você se foi e eu ainda penso em como teria sido. Você se foi e eu ainda sinto o seu perfume no meu travesseiro. Não é fácil esquecer o primeiro amor. A pior parte é que não posso culpar o destino ou a distância. Você foi e é o único culpado. Com a sua mania de complicar tudo. Colocar porque em tudo. Acredita que ainda guardo uma foto nossa na minha gaveta do criado? Olhar nossos sorrisos me lembra do quanto você me fazia bem. Não te quero de volta, acredite. O passado não tem lugar no meu presente. Eu to mudada, sabe? E eu não gosto do que você se tornou. É uma pena que as pessoas mudem tanto. Talvez você tenha se arrependido. Talvez tenha achado o amor da sua vida. Talvez nem lembre de mim com tanto carinho. Ou talvez um dia admita que não havia necessidade de se complicar o que era pra ser simples, puro.. No fim, somos só mais um amor que se perdeu. Que foi levado. Que nos foi tirado. Somos um amor que não foi forte o bastante. Que não suportou o peso de ser um. Quis voltar a ser dois. Mas não deixou de ser amor.

Texto escrito e editado por minha neta LUÍZA MARQUES. - 02/11/2012.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

MEUS AVÓS.







Hoje, acordei com uma estranha sensação e vontade de escrever algo sobre meus avós. Mas senti minhas mãos atadas e não conseguia escrever uma linha sequer!

Repentinamente, como num estalo, comecei a recordar e lembrar os bons momentos daquela convivência. Eu tinha pouco mais de oito anos de idade.
Lembrei que dava toda a atenção àquelas criaturas memoráveis, que tanto lutaram na vida para conseguir um lugar ao sol, e das recomendações que deles recebi, que até hoje me servem de lição.
Eu sabia que podia contar com eles de forma incondicional para tudo que almejasse fazer. Eles adivinhavam os meus desejos, até os mais secretos.
Recordei-me ainda dos momentos de ternura que me dedicavam o cuidado que tinham comigo, a veneração.  Aprendi muito com meus avós. Eles sabiam de tudo!
Lembro das conversas à mesa, o aroma delicioso dos quitutes que vovó fazia, das sobremesas, do pão de centeio, das massas, do bolo de nozes, de fubá, das pamonhas,tudo feito no forno a lenha.
Hoje, com imensa saudade, seria capaz de sentar-me ao lado deles e beijar-lhes as mãos novamente, ouvindo os seus conselhos sem pressa.
E mais vezes, muitas vezes acariciá-los, atirando-me em seus braços e recebendo os seus abraços de amor, ouvindo os seus sorrisos e suas vozes embargadas pelo emocional.
Permito-me agora lembrar e refletir que cresci, amadureci,envelheci, mas diante de tal circunstância me sinto hoje criança e penso como gente carente desse amor.  Não consigo deixar de pensar neles nesta manhã. Sei que minhas palavras hoje, mais se parecem com um texto escrito por um menino. Mas no meu pensamento, eu sinto uma saudade imensa dentro do coração, que bate no compasso da minha emoção.
Um dia talvez, numa outra dimensão além das estrelas no firmamento, eu possa reencontrá-los e abraçá-los com ternura.
Hamilcar Marques – 15/10/2012. 

quinta-feira, 27 de setembro de 2012



O COCHILO NO SOFÁ DA SALA.





Como é inebriante, saudável,  dá até sono de pensar principalmente com esse friozinho de primavera lá fora.
Quando eu era adolescente, eu já cochilava no sofá, principalmente quando estava vendo tv, ou lendo um livro. Meu pai ficava prestando atenção ao meu cochilo para poder me pegar no flagra, e muitas vezes ele teve sucesso na sua empreitada.
Quando isso acontecia,  geralmente nos finais de semana, meu pai me repreendia e dizia sem mais delongas: - Hamilcar, vai dormir na cama, sofá não é lugar de cochilo.
Meu pai, me repreendia pelo cochilo, mas ele fatalmente cochilava também, principalmente à noite após o jantar na sua confortável poltrona do papai! E ai, eu repetia suas palavras: - Pai, vai dormir na cama, você além de perder o seu precioso sono noturno,  está roncando!
Ele não dando o braço a torcer, dizia: eeeeeuuuuu, dormindo?  Você não está batendo bem!
E eu, respeitosamente, aceitava a desculpa sem contestações.
Já ouvi falar que um cochilo, após o almoço, principalmente para o pessoal da terceira idade é muito salutar e reconfortante, restaurador das forças, e dizem até que cura as mazelas da alma! Será? Posso não acreditar, mas pelo sim ou pelo não, todos os dias quando tenho uma oportunidade dou a minha cochiladinha no sofá, por alguns minutos, após o almoço! E acreditem, eu até já sonhei  no sofá, e sonhei coisas importantes que me deram solução para problemas que eu não estava conseguindo resolver  acordado!
É uma delícia, e...vicia , acreditem! O sofá é uma tentação.
Na América do Norte e Europa, o cochilo...principalmente aquele feito após o almoço é muito comum, e virou moda, principalmente entre os executivos de grandes  bancos  que instalaram cabines para seus empregados dormirem alguns minutos e relaxarem, para depois enfrentar o restante do dia de trabalho.
Hoje, no Brasil, precisamente em São Paulo na famosa Rua Augusta, contamos com um local chamado de Espaço Cochilo, onde o cidadão que se propõe a cochilar conta com uma estrutura que nada deve à Europa e América do Norte. Lá , por um preço módico, podemos cochilar em grande estilo em camas confortáveis em forma de um S, iluminação com regulador de intensidade, fones de ouvido para ouvir uma música clássica bem suave.
As cabines são controladas pela administração do local, no sentido de oferecer serviço para, inclusive acordar o cidadão após alguns minutos de sono. Muitos executivos brasileiros já adotam essa prática, principalmente após o almoço, e combatem o stress relaxando nas confortáveis cabines de 15 a 60 minutos, quase que diariamente!
Na minha maneira de pensar, posso até dizer  que o meu cochilo é um bom investimento, no menor tempo possível e com um retorno que representa saúde e bem estar. Segundo alguns médicos, tirar alguns minutos de sono diariamente, faz muito bem a saúde pois recarrega as baterias para enfrentarmos o restante do dia. Além disso, mantém o nosso estado de alerta, nossa força física, de aprendizado e performance pois melhora a memória e limpa o nosso cérebro de informações inúteis, o que vem a contribuir para a maior produtividade do corpo.
Portanto, amigos vamos cochilar. Tirar proveito dessa prática de nossos pais e avós que pela experiência de vida já sabiam o quanto isso era bom!
HAMILCAR MARQUES – 27/09/2012.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

MEUS AMIGOS (Uma homenagem).








Tantas vezes ao longo da vida nos sentimos pr’a baixo, num mundo vazio triste e confuso. Sentimo-nos solitários, sem rumo. São horas difíceis de se encarar. Entretanto nessas horas se você conversa com um amigo, ou somente pensa nele, sabe que tem alguém que faz você acreditar que algo bom no mundo existe!

São esses seres que impulsionam a nossa vida trazendo felicidade e uma palavra de fé e esperança. Transmitem a você boas energias e acabam por colocá-lo num caminho certo, pois a impressão que temos é que nos seguram pelas mãos e demonstram com carinho que tudo está bem.
Mostram-nos a porta aberta da felicidade que a gente não conseguia enxergar em meio à aflição. Esse alguém fatalmente surge em nossas vidas quando menos esperamos. Mudam até os nossos costumes, nossas opiniões, dissipam nossas dúvidas de uma forma singela, mostrando a razão das coisas serem como são, sem influenciar a nossa personalidade!  São esses os amigos que sonhamos nas noites vazias. São os amigos leais, meros anjos , que mostram a razão de estarem presentes em nossa vida , de encarar as nossas manias e contradições.
É por ter amigos que reuno condições de ser eu mesmo, superando tudo o que mantém minha estrutura, procurando transformar a minha vida, lutando bravamente contra as fraquezas da velhice,  e é nessa empreitada que conto com a solidariedade deles.
Todas as emoções que temos durante a nossa curta vida, não devemos desperdiçá-las, e como exemplo cito aqui aqueles sonhos que você tem com alguém especial e sente vontade de abraçá-lo ternamente!
São os amigos que nos fazem acreditar que ainda somos respeitados, quando nos sentimos desprezados!
São os amigos, aqueles que simplesmente nos aceitam pelo que somos e não pelo que temos.Compartilha das nossas tristezas e decepções, sempre com uma palavra de conforto.
Assim, nada como reconhecer com gratidão  os meus amigos sinceros, aqueles em que posso confiar, neste dia 20/07/2012, DIA DO AMIGO.
Portanto, a esses amigos um grande abraço a todos. Os que não posso ver nem tocar chamados virtuais, invisíveis , e também  àqueles da vida real.
Obrigado amigos por compartilhar, às vezes ,da minha tristeza , do meu sorriso, por repreender-me quando estou errado.
Obrigado por lerem e comentarem meus textos e outras postagens que me orgulho de publicar!
Não esquecerei jamais o quanto um amigo  fez por mim , de modo desinteressado, ajudando-me na criação do meu blog que tanta alegria vem me proporcionando.
Obrigado por tudo, pela amizade que vocês  me devotam, pelos meus defeitos que vocês não notam, pelos meus valores que vocês realçam , pela paz que me transmitem, pela pureza dos seus sentimentos, enfim por todos os momentos que tenho vivido nesta rede social!


HAMILCAR MARQUES  - 20/07/2012.

IDADE APARENTE VERSUS IDADE REAL



Hoje em dia, difícil é descobrir a idade de alguém somente pela aparência.

No caso das mulheres, principalmente as celebridades, a maquiagem se encarrega na maioria das vezes, de realizar os sonhos da juventude. Mas há momentos também que vemos pessoas famosas, cheias de cremes e outros produtos agindo na pele, e até submetidas a cirurgias plásticas, dando aquela concepção de rejuvenescimento passageiro.

Mas, buscar a juventude, não se resume somente nisso!

Lógico que a maquiagem e os demais artifícios têm o seu papel preponderante!

Entretanto, buscar a juventude num corpo que já está em fase de transformação para a idade madura, ou envelhecendo, coisa que começa a ocorrer logo após nascermos, representa um problema muito mais complexo.

Na minha maneira de pensar, pois não sou nenhum expert no assunto,  a idade que aparentamos tem uma enorme influência na vaidade do homem. O ser humano que aparenta 40 anos, por exemplo, mas sua idade real é 50 anos, em geral, age de forma voluntariosa na medida da idade aparente e o interessante disso tudo, é que vive feliz por sentir-se com grande vitalidade e força para enfrentar os percalços da vida.

Abordando esse assunto lembrei-me de um fato que se passou com minha mãe há alguns anos que não poderia deixar de mencionar!  Minha mãe sempre foi uma mulher muito vaidosa, e detestava contar a sua idade real.

Todas às vezes que encontrava uma pessoa, com o objetivo de testar sua idade aparente,  perguntava quantos anos essa pessoa atribuía a ela. De um modo geral, não sei se por gentileza ou por outra razão, minha mãe era sempre taxada de bem mais moça do que sua idade real! No entanto, num domingo que havíamos combinado de almoçar em família, ela, ao encontrar um manobrista já conhecido no estacionamento, perguntou-lhe sobre sua idade! Ele, bastante simplório,  respondeu: “eu acho que a senhora deve ter por volta de uns 89 anos”!  Minha mãe que havia há pouco tempo completado 78  ficou extremamente irritada e classificou a resposta do manobrista de mal educada e infeliz, e naquele restaurante ela nunca mais quis nos acompanhar!

É por essas e outras histórias que, num passado remoto, sonhava-se com o soro da juventude para solucionar todos os problemas da velhice! Muitos incautos acabaram tomando o famoso elixir da juventude, na esperança de ganhar alguns anos de vida e tornar-se mais jovem, houve até quem se atreveu em aventuras dantescas pelo mundo procurando fórmulas mágicas! A idade escravizava o homem, a sua pele ia ficando encarquilhada e como a medicina não estava tão avançada,  o ser humano vivia muito menos. Até o século passado para se ter uma ideia, o homem vivia em média 65 anos!

Mas tudo foi em vão! A velhice é um mal inexorável que atinge todos os seres viventes sem distinção de credo ou classe social. Todos sofrerão os efeitos da velhice de maneira irremediável!

Entretanto, ainda há uma solução para os problemas do rejuvenescimento!  O USO DA RAZÃO E DA ILUSÃO!

Como é de se acreditar, somente o corpo envelhece, mas a alma sempre conservará o seu  esplendor até os momentos finais da nossa vida.

Assim, caberá a nós refletir nesse sentido se quisermos viver a felicidade de nos sentirmos mais jovens, com vigor e apego obstinado para enfrentar o cotidiano, ignorando o envelhecimento do corpo.

Tenho certeza que isso não é tão simples assim, mas o contrário seria muito pior, e na realidade não queremos o pior. Então, mãos a obra, vamos nos tornar amigos do espelho dizendo: Espelho, espelho meu existe  alguém no mundo mais aparentemente jovem do que eu ?.

A resposta do espelho será uma incógnita que é melhor não ficarmos sabendo, pois segundo Confúcio, o coração do sábio, tal como o espelho, deve a tudo refletir, sem todavia  macular-se.  Assim, coloquei-me atrás do espelho considerando que os olhos são o espelho da alma!

HAMILCAR MARQUES  – 18/08/2012

 

 



terça-feira, 14 de agosto de 2012

MINHA AMIGA ESCREVEU UM LIVRO DE CONTOS.






Agora ela faz parte de uma casta de autores, que como  ela um dia se iniciaram na escrita. Hoje ela é mais uma estrela brilhando no firmamento dos escritores!
Um dia, tenho certeza, ela também terá seu nome no hall da fama, no topo da lista dos livros mais vendidos os famosos “Best Sellers”.
Certamente ela enfrentará uma concorrência ferrenha, impiedosa mesmo, mas a doçura dos seus escritos superará todos esses obstáculos e num futuro próximo ela não dará conta da procura diária, das tardes de autógrafos que eu pretendo estar presente.
Ela é a Bia Fernandes , 39 anos, virtuosa em todos os sentidos, pois é musicista, regente, professora de música, e agora escritora, lançando seu primeiro livro Contos e Encantos do Cotidiano, que acontecerá no dia 25/08/2012 às 15:30 horas na Livraria Martins Fontes – Loja de Artes, na  Avenida Paulista, 509 próximo à Estação Brigadeiro do Metrô.
Segundo eu soube, já está no forno outro livro, mas ela não revela o nome e nem uma pontinha do conteúdo, mas está seriamente empenhada em lançar essa obra num futuro próximo.
Incansável na sua nova caminhada pelas trilhas da literatura, enquanto alguns gastam seu precioso tempo somente sonhando, ela gasta escrevendo pois tem grande prazer em fazê-lo, e a escrita sempre traz a renovação de um prazer e uma nova conquista.
O simples fato de escrever um livro, ainda não é o sucesso completo, pois nada  o garante a não ser o estímulo e a dedicação. A garantia do sucesso está na mãos dos leitores amantes da literatura. Mas para obter êxito na sua empreitada é preciso perseverança para vencer os obstáculos ao iniciar uma jornada como escritora, sempre almejando o sucesso, procurando  dominar as palavras, e, consciente de que a palavra é um dom que Deus nos proporcionou e que temos obrigação de lapidá-la até chegar ao ápice da carreira!
Portando, só me resta cumprimentá-la mais uma vez, desejando-lhe todo o sucesso do mundo nessa árdua caminhada, pedindo a Deus que a acompanhe, proteja  e ilumine na busca dessa missão.
HAMILCAR MARQUES – 14/08/2012.










sábado, 11 de agosto de 2012

MEU PAI



Você não mais está entre nós, mas mesmo assim quero dizer o quanto ainda o amo!
Eu o amo, por tudo, por você ter sido um pai diferenciado, especial e que deu sustentação à vida da nossa família, sempre honrando-a e respeitando-a.
De onde você estiver saiba meu pai, que você sempre continuará  sendo muito importante para mim.
Hoje no meu entender, você assemelha-se à luz que necessito para orientar a minha caminhada pela vida.
Um grande beijo meu amigo, você foi meu conselheiro das horas certas e incertas, meu protetor e alicerce das minhas realizações no passado.
Obrigado por tudo meu pai. Sinto sua presença ao meu lado todos os dias e isso me da força e coragem para enfrentar de peito aberto os reveses que surgem no meu caminho.
Meus sinceros parabéns por este merecido dia dos pais!
HAMILCAR MARQUES – 12/08/2012

sábado, 14 de julho de 2012

QUARENTA E NOVE ANOS DE CASAMENTO.






Hoje, eu e minha esposa Ana Maria, completamos 49 anos de casamento. Um longo caminho percorrido!
Vivemos hoje uma grande amizade e afeto, plantados e semeados ao longo desses anos com muito respeito e dignidade.
Vivemos esse espaço de tempo, e se Deus permitir, no próximo ano, teremos a coroação desse convívio com as nossas Bodas de Ouro!
Foi a persistência e a diplomacia, que nos conduziu a esse estágio que alcançamos com orgulho e coragem, com força para enfrentar todos os obstáculos que surgiram pelo caminho, durante essa convivência sob o mesmo teto, constituindo inclusive uma linda família.
Poucos casais hoje em dia, entendem o significado do matrimônio e atingem esse estágio da vida. Mas nós que passamos pelo anos compartilhando alegrias, histórias as mais diversas, tristezas e decepções, acreditamos que conseguimos até aqui, preservar a promessa que fizemos a tantos anos atrás de vivermos um para o outro, em todos os momentos, alegres, de frustrações, doenças e inconstâncias.
Posso dizer que manter um casamento tanto tempo não é fácil, porque cada qual possui o seu modo de ser, sua personalidade, suas manias e costumes!
No entanto, acho que devemos analisar no matrimônio o tripé dessa união, que reúne paciência, renúncia e compreensão.
Quando casamos senti que estávamos construíndo um laboratório onde a todo momento misturavamos ingredientes, fazendo ensaios e testes objetivando satisfazer as nossas necessidades, os nossos desejos, superando as nossas tristezas e infortúnios, para obter alegria e paz , e...então, dessa alquimia enfim,  chegamos a um denominador comum que é a felicidade.
Quando casamos procuramos sempre viver uma existência madura, sem vícios mas absorvendo as virtudes um do outro, procurando o ponto de equilíbrio tão necessário num relacionamento.
Sem falsa modéstia, atingimos os 49 anos de casados  e  esta é uma vitória, uma alegria imensa, pois é a recompensa que recebemos por todos esses anos juntos de braços dados, vendo que o destino está se cumprindo alicerçado em uma promessa de fidelidade e lealdade feita perante o Criador.
Não foi nada fácil não, muitas lutas vencemos juntos  mas a perseverança foi a tônica dessa amizade e amor que sentimos um pelo outro, durante essa caminhada que se Deus quiser, ainda se prolongará por muitos anos.
Essa é uma homenagem ao tempo, magia deste momento!
Abraços e beijos a você minha esposa e obrigado pela força!

HAMILCAR MARQUES  -  13/07/2012



terça-feira, 26 de junho de 2012

FESTA JUNINA – UMA CRÔNICA SAUDOSISTA.



O tempo passou mas não apagou as lindas lembranças das festas juninas, da minha infância querida.
Já fui criança sim, e uma criança levada da bréca, mas sem vícios ou maldade.
Nasci no bairro da Bela Vista, que para os italianos  era denominado Bexiga, um dos tradicionais bairros de São Paulo.
Aos nove anos de idade, eu e meus irmãos mudamos para a Vila Pompéia onde meu pai havia comprado uma casa térrea, e lá eu me criei.
O bairro era pobre, por volta dos anos 50, as ruas todas iguais com muitas ladeiras, algumas calçadas com paralelelepipedos, outras de terra batida como era a que eu morava.
Eram casas de um modo geral  antigas mas amplas, com belos quintais e jardins na frente, para a alegria do meu pai que passava os domingos ajeitando as plantas e flores de sua preferência.
No mês de junho, as festas no bairro eram marcantes.
Como a rua era de terra batida, as fogueiras eram armadas no meio da via pública. Assim, durante os festejos batatas doces e pinhões eram assados, e até as crianças experimentavam um pouquinho de quentão.
Nessa época, não havia proibição para soltar balões, nem tampouco para correr atrás deles. E eu vivi esses momentos como nunca!
Eu e meus amigos, meus pais e irmãos, à noite em volta da fogueira nos divertiamos .
 Alguns pulavam a fogueira, outros tentavam passar pelo braseiro vivo com os pés descalços, uma temeridade! Soltavamos balões, busca-pés e caramurus. Minha mãe pintava bigodes com carvão em mim e em todos meus amigos.
Meu pai e minha mãe adoravam também essas festividades e incentivavam eu e meus irmãos a gostarem também. Eram festas sadias e tradicionais. Meus pais, nessa oportunidade, colocavam  as cadeiras na calçada da rua onde moravamos e organizavam uma festa de rua como poucas no bairro.
Tinha fogueira, fogos de artifício, quentão com gengibre cravo e canela, pé de moleque, pipoca, batata doce e pinhão assados na brasa viva da fogueira.
Tinha decoração com bandeirolas presas nos postes de luz, e as pessoas que jogavam conversa fora... eram os vizinhos que aos poucos iam chegando para bater papo, contar suas histórias e comer umas iguarias.
 Tinha um tio que morava no Belenzinho numa casa linda e espaçosa que, no dia de São Pedro, fazia uma grande festa junina onde todos os familiares eram convidados e se divertiam a valer até altas horas da noite. Lá dançavamos quadrilha, soltavamos balões de todos os tipos até os famosos chinesinhos que eram vendidos pela tradicional Loja Ceilão no Centro de S.Paulo.
Às vezes essas lembranças corroem a gente de saudade ao se aproximarem essas festas juninas, pois essa era uma época áurea, não só no Bairro da Vila Pompéia onde morava, mas nas festas dos clubes e quermeses onde participava com meus pais, vestido à caráter,de caipira.
Nas quermeses, gostava do jogo da pescaria, dos maravilhosos quitutes, amendoim torrado na hora, pinhão, pipoca, pamonha, bolo de fubá, quentão, etc.etc.
Assim, após essas maravilhosas recordações das noites frias de junho, é meu desejo finalizar esta crônica cantarolando essa música que estará sempre presente em minha memória:

“Ai que saudade que tenho
Da aurora da minha vida
 Da minha infãncia querida
Que os anos não trazem mais....


HAMILCAR MARQUES – 26/06/2012.




domingo, 24 de junho de 2012

A PONTE DA FELICIDADE – UMA CRÔNICA

Dia 16/06/2012 eu e minha esposa, estivemos numa exposição de quadros de uma amiga nossa, Léa Meirelles – Artista plástica.

Ao visitá-la, nos deparamos com inumeras telas de beleza sutil e incomparável, mas...uma delas de imediato me causou uma grande empatia.
Nela, além da beleza do lugar , notei as cores vivas reluzentes aplicadas com leveza na tela, e senti o envolvimento da pintura face ao seu pitoresco conteúdo.
Comprei-o de pronto! Sem titubear, seu nome... A PONTE DA
FELICIDADE.
Uma ponte sobre um riacho de águas cristalinas, antes da ponte um portal de flores brancas transmitindo boas energias,  a  magia do recanto de um verde envolvente, matizado pela natureza que enfeita o local.
Vislumbrando a arte presente e a sua sensibilidade, senti-me vivendo um grande momento atravessando a ponte, como num caminho mágico que se abre, semelhante a um atalho para quem pensou em mudar seu rumo e  sua maneira de ser, de enfrentar os obstáculos com garra e sabedoria.
No passado já sonhei com algo parecido, uma ponte estreita sobre um pequeno riacho. No sonho atravessava a ponte e sentia extrema felicidade, pois encontrava meus amigos leais que abracei, como se a muito tempo não os visse.
Senti-me assim ao ver o quadro, que a ponte era um elo de ligação entre o  passado, o presente e o futuro, quiçá um prenúncio de novos tempos.
Pensando bem, se a felicidade é o caminho segundo Gandhi,  a Ponte da Felicidade era o atalho que eu precisava para vencer os obstáculos do destino.
Depois, eu e minha esposa cumprimentamos a artista plástica pela beleza de suas obras ali expostas, e dessa forma o dia se passou. No entanto, para nós que participamos desse evento, foi um dia muito especial pois além de revermos velhos amigos  tivemos o prazer de trazer conosco uma obra que marcou data pela sua singeleza e gratas lembranças!
Assim, logo que chegamos à nossa residência, colocamos a tela cuidadosamente na nossa sala de visitas, para que todos pudessem admirá-la.

HAMILCAR MARQUES – 25/06/2012.


quinta-feira, 14 de junho de 2012

SALVAR O PASSARINHO - UMA CRÔNICA








O VENTO NOROESTE(escrito em maiúsculas porque ele é uma personalidade entre os demais ventos) chegou sem
aviso prévio,sacudiu a cabeleira das árvores, derrubou
tapumes, entortou postes, estraçalhou coisas. E...foi-se
embora. No chão, jaziam tábuas, fios, galhos. E no meio dos
destroços, no refúgio entre duas pistas, um passarinho de
asa quebrada agitando-se em vão. Anoitecia.
-         Olha o infeliz tentando voar – disse o passageiro do  taxi, quando o sinal fechou.
-         Eles ficam assim depois de uma rajada mais forte – comentou o motorista. – É da vida doutor.
-         Dá tempo de descer e apanhar o coitadinho?
-         Se andar ligeiro, dá. Mas com esse bolo de carros no meio, como é que vai chegar até ele? O sinal abrindo, eu tenho de tocar, e não levo nem o doutor nem o passarinho.
-         Isso é verdade.Mas dá pena ver um bichinho desses sofrendo.
-         Faça de conta que não viu.
-         Mas eu vi, aí é que está.
-         Bem, o doutor é quem resolve.Mas eu não vou perder a corrida se o sinal.....
-         Eu pago adiantado, não me importo com o dinheiro.Vou deixá-lo no banco de trás.
·        O passageiro, então, deixa R$ 20,00 e sai do taxi em busca do pássaro. O sinal abre e o taxi segue em frente.
·        O homem encontra o passarinho e , quando vai pegá-lo, um  vento forte joga o infeliz para longe. Ele, então, corre para pegá-lo.
·        Enfim, já com o pássaro na mão, leva-o para casa e cuida de sua asa.
·        Repentinamente, começa uma terrível tempestade. Ele liga a TV.
·        Prestando atenção no noticiário, ele verifica que uma árvore caíra no meio da via pública e muitos dos motoristas não conseguiram sair de seus veículos a tempo. A árvore havia atingido um taxi, cujo motorista não havia resistido aos ferimentos, e no banco de trás encontraram uma cédula de R$20,00.
-          
LAURA MARQUES – 14/06/2012.

NOTA: A crônica acima foi narrada por Laura Marques, parafraseando uma crônica de Carlos Drummond de Andrade.